Colesterol: bom ou ruim?
Por: Bh Fitness - 30 de Novembro de -0001
O consumo de gorduras pelo organismo é um dos fatores que mais tem atraído a atenção das pessoas. Enquanto a décadas atrás o alto consumo de gordura era sinal de bem-estar, a realidade atual aponta que o melhor a fazer é promover o equilíbrio. Por isso, novos hábitos alimentares e novas rotinas de exercícios têm sido adotados na tentativa de promover uma vida cada vez mais saudável.
E entre os tipos de gorduras mais abordados está o colesterol. Sim! O colesterol é um tipo de gordura bem peculiar que, embora seja sempre considerado vilão, é indispensável para o funcionamento orgânico. Ele é fundamental para a manutenção da saúde das células, principalmente as cerebrais, sendo também de grande importância na síntese dos hormônios. Além disso, o colesterol tem grande participação na produção da vitamina D, um dos nutrientes mais importantes para a saúde.
Diante desses fatos, porque o colesterol é considerado tão nocivo? A resposta a essa pergunta está no equilíbrio. Afinal, tudo aquilo que gera falta ou excesso se torna prejudicial de alguma forma. Com o colesterol não é diferente e é isso que vamos tratar agora.
Colesterol: o que é e como funciona?
O colesterol, como dito acima, é um tipo de gordura que é produzida pelo fígado, principalmente. E, para que seu papel seja cumprido, precisa ser transportado para todos os tecidos, através do sangue. E como se trata do transporte de gordura em meio aquoso, é preciso da ajuda de transportadores. São dois os tipos de transportadores do colesterol: o low density lipoprotein (LDL) e o high density lipoprotein (HDL).
O LDL é composto por moléculas pequenas e densas, compostas em sua maior parte de proteína. Sua função é transportar o colesterol produzido no fígado para os tecidos, onde será utilizado. O LDL é considerado um colesterol ruim porque ele tende a depositar nas artérias o colesterol transportado. Isso facilita a formação de placas de gordura, restringindo o fluxo sanguíneo.
O HDL é composto por moléculas maiores, compostas em sua maior parte por gordura. Sua função é oposta a do LDL, resumindo-se em levar de volta ao fígado o colesterol presente no sangue. Esse processo faz com que esse colesterol que volta ao fígado seja transformado e eliminado em formato de ácidos e sais biliares. Por isso ele é considerado um colesterol bom, pois ele atua no combate à formação das placas de gorduras causadas pelo LDL.
Embora esses transportadores sejam considerados bons ou ruins, é bom ressaltar que cada um desempenha um papel de extrema importância para o organismo. Isso quer dizer que não há, de fato, um lado bom e um lado ruim. O que existe são funções distintas, mas que cooperam entre si para a saúde dos tecidos. Por isso é vital a manutenção do equilíbrio entre eles.
Antioxidantes e atividades físicas
E, para auxiliar na manutenção desse equilíbrio, há a vitamina C, a vitamina E e o betacaroteno. Quando em ação no organismo, esses antioxidantes combatem os efeitos dos radicais livres, que provocam alterações na estrutura do LDL.
A vitamina C pode ser encontrada nos alimentos de cor verde escura como couve, agrião, brócolis, rúcula, e em frutas como mirtilo, groselha, laranja e limão. A vitamina E pode ser encontrada no óleo de germe de trigo e também de girassol. Já o betacaroteno, que é transformado em vitamina A pelo organismo, pode ser encontrado em cenouras cruas, salsinha, espinafre, abóbora, melão, damascos, entre outros.
E, por último, mas não menos importante, temos a atividade física como excelente aliada para o controle do colesterol no organismo. Ao fazer exercícios físicos o nível de LDL tende a diminuir enquanto o nível de HDL tende a subir, promovendo o equilíbrio tão necessário do colesterol.
Viu só? No fundo, não se trata de determinar se o colesterol é bom ou ruim. Mas de trabalhar para que, independente do tipo de transporte utilizado, haja equilíbrio entre eles, favorecendo o melhor aproveitamento de cada um.